16 setembro 2007

Beczka Piwa/Bando Bando by CN

ouça o sucesso do cd Polski Festiwal 2, numa versão de nosso amigo Alex Klosowski

Beczka Piwa/Bando Bando by CN


você pode baixar esta música no link

http://www.podcast1.com.br/canal.php?codigo_canal=2658

Polacos... PAULO LEMINSKI




Filho de Paulo Leminski e Áurea Pereira Mendes. Mestiço de pai polaco com mãe negra, Paulo Leminski Filho sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados populares.

Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro.

Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte onde conheceu Haroldo de Campos, amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezessete anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual se separou em 1968).

Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista.

Em 1965, tornou-se professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judô.

Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna.

Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz, com quem ficou casado por vinte anos. Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem a sua mãe) e Estrela.

De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.

Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Sua primeira letra foi Verdura, de 1981, cantada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética, capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingênuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o aproximam da geração de poetas marginais que, embora ele jamais tenha sido próximos de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.

Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, o qual foi traduzido na íntegra para o castelhano).

Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como "Verdura":

Músico e letrista, Leminski fez parcerias com Caetano Veloso e o grupo A Cor do Som entre 1970 e 1989.Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba.

A música estava ligada às obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, proporcionando uma discografia rica e variada.


Entre 1984 e 1986, em Curitiba, foi tradutor de Alfred Jarry, James Joyce, John Fante, John Lennon, Samuel Beckett e Yukio Mishima.

Publicou o livro infanto-juvenil ‘’Guerra dentro da gente’’, em 1986 em São Paulo.

Entre 1987 e 1989 foi colunista do Jornal de Vanguarda que era apresentado por Doris Giesse na Rede Bandeirantes;

Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Além de um grande escritor, Leminski também era faixa-preta de judô. Sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.


[editar] Obra poética
Quarenta clics de Curitiba. Poesia e fotografia, com o fotógrafo Jack Pires.
Curitiba, Etecetera, 1976. (2ª edição Secretaria de Estado Cultura, Curitiba, 1990.) n.p.
Polonaises. Curitiba, Ed. do Autor, 1980. n.p.
Não fosse isso e era menos/ não fosse tanto e era quase. Curitiba, Zap, 1980. n.p.
Tripas. Curitiba, Ed. do Autor, 1980.
Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. 154p.
e Ruiz, Alice. Hai Tropikais. Ouro Preto, Fundo Cultural de Ouro Preto, 1985. n.p.
Um milhão de coisas. São Paulo, Brasiliense, 1985. 6p.
Caprichos e relaxos. São Paulo, Círculo do Livro, 1987. 154p.
Distraídos venceremos. São Paulo, Brasiliense, 1987. 133p. (5ª edição 1995)
La vie en close. São Paulo, Brasiliense, 1991.
Winterverno (com desenhos de João Virmond). Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1994. (2ª edição publicada pela Iluminuras, 2001. 80p.)
Szórakozott Gyozelmunk (Nossa Senhora Distraída) - Distraídos venceremos, tradução de Zoltán Egressy, Coletânea organizada por Pál Ferenc. Hungria, ed. Kráter, 1994. n.p.
O ex-estranho. Iluminuras, São Paulo, 1996.
Melhores poemas de Paulo Leminski. (seleção Fréd Góes) Global, São Paulo, 1996.
Aviso aos náufragos. Coletânea organizada e traduzida por Rodolfo Mata. Coyoacán - México, Eldorado Ediciones, 1997. n.p.

[editar] Obra em prosa
Catatau (prosa experimental). Curitiba, Ed. do Autor, 1975. 213p.
Agora é que são elas (romance). São Paulo, Brasiliense, 1984.1 63p.
Catatau. 2ª ed. Porto Alegre, Sulina, 1989. 230p.
Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. (Prêmio Jabuti de poesia , 1995)
Descartes com lentes (conto). Col. Buquinista, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, 1995. • Agora é que são elas (romance). 2ª ed. Brasiliense / Fundação Cultural de Curitiba, 1999.

[editar] Biografias
Cruz e Souza. São Paulo, Brasiliense. 1985. 78p.
Matsuó Bashô. São Paulo, Brasiliense, 1983. 78p.
Jesus. São Paulo, Brasiliense, 1984, 119p.
Trotski: a paixão segundo a revolução. São Paulo, Brasiliense, 1986.
Vida (biografias: Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Trótski). Sulina, Porto Alegre, 1990. (2ª edição 1998)ENSAIOS
POE, Edgar Allan. O corvo. São Paulo, Expressão, 1986. 80p. (apêndice)
Poesia paixão da linguagem. Conferência incluída em Sentidos da paixão. Rio de Janeiro, Companhia das Letras, 1987. p.287-305.
Nossa linguagem. In: Revista Leite Quente. Ensaio e direção. Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, v.1, n.1, mar.1989.
Anseios crípticos (anseios teóricos): peripécias de um investigador dos sentido no torvelinho das formas e das idéias. Curitiba, Criar, 1986. 143p.
Metaformose, uma viagem pelo imaginário grego (prosa poética/ensaio). Iluminuras, São Paulo, 1994. (Prêmio Jabuti de poesia , 1995) •
Ensaios e anseios crípticos. Curitiba, Pólo Editorial, 1997. n.p.

[editar] Traduções
FANTE, John. Pergunte ao pó. São Paulo, Brasiliense, 1984.
FERLINGHETTI, Lawrence. Vida sem fim (com Nelson Ascher e outros tradutores). São Paulo, Brasiliense, 1984. n.p.
JARRY, Alfred. O supermacho; romance moderno. São Paulo, Brasiliense, 1985. 135p. lndição editorial, posfácio e tradução do francês.
JOYCE, James. Giacomo Joyce. São Paulo, Brasiliense, 1985. 94p. Edição bilingüe, tradução e posfácio.
LENNON, John. Um atrapalho no trabalho. São Paulo, Brasiliense, 1985.
MISHIMA, Yukio. Sol e aço. São Paulo, Brasiliense, 1985.
PETRONIO. Satyricon. São Paulo, Brasiliense, 1985.191 p. Traducão do latim.
BECKETT, Samuel. Malone Morre. São Paulo, Brasiliense, 1986.16Op. lndicação editorial, posfácio e traduções do francês e inglês.
Fogo e água na terra dos deuses. Poesia egípcia antiga. São Paulo, Expresão, 1987. n.p.

[editar] Produção musical
1981- Verdura - Caetano Veloso no disco Outras palavras
1981- Mudança de estação -A cor do Som no disco Mudança de estação
1981- Valeu - Paulinho Boca de Cantor no disco Valeu
1982- Se houver céu - Paulinho Boca de Cantor no disco Prazer de viver
1982- Razão - A Cor do Som no disco Magia tropical
1990- Verdura - Blindagem no disco Blindagem
1990- Se houver céu - Blindagem no disco Blindagem
1993- Mãos ao alto - Edvaldo Santana no disco Lobo solitário
1994- Luzes - Susana Sales no disco Susana Sales
1996- Mudança de estação - A cor do Som no disco Ao vivo no circo

[editar] Gravações em parceria (Letras de Paulo Leminski e música dos parceiros)
1976- Festa Feira - com Celso Loch no disco MAPA - Movimento de Atuação Paiol
1982- Promessas demais - com Moraes Moreira e Zeca Barreto, gravação por Ney Matogrosso
1982- Baile no meu coração - com Moraes Moreira no disco COISA ACESA
1982- Decote Pronunciado - com Moraes Moreira e Pepeu Gomes no disco COISA ACESA
1982- Pernambuco Meu - com Moraes Moreira no disco COISA ACESA
1983- Sempre Ângela - com Moraes Moreira e Fred Góes no disco SEMPRE ANGÊLA de Ângela Maria
1983- Teu Cabelo - com Moraes Moreira no disco PINTANDO O 8
1983- Oxalá - com Moraes Moreira no disco PINTANDO O 8
1984- Mancha de Dendê não sai - com Moraes Moreira no disco MANCHA DE DENDÊ NÃO SAI
1984- Milongueira da Serra Pelada, O Prazer do Poder, Circo Pirado, Xixi nas estrelas, Cadê Vocês?, Coração de Vidro, Frevo Palhaço, Viva a Vitamina com Guilherme Arantes no disco PIRLIMPIMPIM 2
1985- Alma de Guitarra - com Moraes Moreira no disco TOCANDO A VIDA
1985- Vamos Nessa - com Itamar Assumpção no disco SAMPA MIDNIGHT
1986- Desejos Manifestos - com Moraes Moreira e Zeca Barreto no disco MESTIÇO É ISSO
1986- Morena Absoluta - com Moraes Moreira no disco MESTIÇO É ISSO
1988- UTI - com Arnaldo Antunes, gravado por Clínica no disco CLÍNICA
1990- Oração de um Suicida -com Pedro Leminski, Blindagem no disco BLINDAGEM
1990- Sou legal eu sei - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Não posso ver - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Palavras - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Hoje - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Marinheiro - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Quanto tempo mais - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1990- Legião de anjos - com Ivo Rodrigues no disco BLINDAGEM
1991- Lêda - com Moraes Moreira no disco CIDADÃO
1991- Morena Absoluta - com Moraes Moreira no disco OPTIMUN IN HABBEAS COPPUS
1992- Polonaise - com José Miguel Wisnik no disco JOSÉ MIGUEL WISNIK
1992- Subir Mais - com José Miguel Wisnik no disco JOSÉ MIGUEL WISNIK
1993- Alles Plastik - com Carlos Careqa no disco TODOS OS HOMENS SÃO IGUAIS
1993- Freguês Distinto - com Edvaldo Santana no disco LOBO SOLITÁRIO
1993- Custa nada sonhar - com Itamar Assumpção no disco BICHO DE 7 CABEÇAS
1994- Polonaise - com José Miguel Wisnik na trilha sonora do filme ED MORT
1995- O Deus - com Edvaldo Santana e Ademir Assunção no disco TÁ ASSUSTADO? de Edvaldo Santana
1996- Filho de Santa Maria - com Itamar Assumpção, gravado por Zizi Possi no disco MAIS SIMPLES
1996- ODE X - com Marcelo Solla no disco Marcelo Solla
1997- Lua no Cinema - com Eliakin Rufino no disco SANSARA da Sansara
1997- Lêda - com Moraes Moreira no disco 50 CARNAVAIS
1997- Mancha de dendê não sai - com Moraes Moreira no disco 50 CARNAVAIS
1997- Parece que foi ontem - com Bernardo Pelegrini no disco QUERO SEU ENDEREÇO da banda Bernardo o bando do cão sem dono.
1997- Filho de Santa Maria - com Itamar Assunção no disco QUERO SEU ENDEREÇO da banda Bernardo e o #ando do cão sem dono.
1998- Legião de Anjos - com Ivo Rodrigues no disco DIAS INCERTOS
1998- Rapidamente - com Ivo Rodrigues no disco DIAS INCERTOS
1998- Filho de Santa Maria - com Itamar Assumpção, Beco no disco BECO
1998- V. de Viagem - com Beco no disco BECO
1998- Peso da Lua - com Beco no disco BECO
1998- Coisas - com Celso Loch no disco VERFREMDUNGSEFFEKT BLUES
1998- Além Alma - com Arnaldo Antunes no disco UM SOM
1998- Dor Elegante - com Itamar Assumpção no disco PRETOBRÁS
1999- Perdendo Tempo - com Thadeu / Roberto Prado / Walmor Douglas na trilha sonora do filme BAR BABEL da banda Maxixe Machine

[editar] Literatura infanto-juvenil
Guerra dentro da gente. São Paulo, Scipione, 1986. 64p.
A lua foi ao cinema. São Paulo, Pau Brasil, 1989. n.p.

CD Polski Festiwal 1


Depois de uma longa espera, já está disponível o CD Polski Festival "1" da Banda Polonesa Coração Nativo.
Sucesso de execução e crítica, esgotado à quase dois anos, está à venda via internet e em nossos eventos o cd que traz sucessos polacos como a valsa SZLA DZIEWECZKA DO LASECZKA, o SOKÓLA e JA MUZYKANTEM e mais dez canções polonesas.
Acesse o site

www.coracaonativo.com.br

no link "discografia" ouça trechos dessas canções e
faça seu pedido pelo email

drutchaiki@gmail.com

que enviaremos o mais breve possível.
Colabore conosco divulgando a cultura polonesa, em especial a música de nossos antepassados.

Bardzo Dziekuje e Do Widzenia!

orkut - Banda Polonesa Coração Nativo

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Banda Coração Nativo - 13 anos de música polonesa!

Pariquera-Açú é polonesa...


Ou pelo menos será na noite de 29 de setembro.
É a segunda edição do Jantar Polonês promovido pelo "CAFÉ PARIS", leia-se Mari.
A divulgação já ganhou as ruas da cidade e também os meios eletrnônicos, vide este BLOG.
Já na primeira festa houve superação das expectativas de público e animação e desta vez nós do CN, voltamos à cidade "Capital das Etnias" do estado de São Paulo para relembrarmos canções folclóricas polacas, com muito ritmo e vibração.
Esperamos por vocês, para conosco brindar com muita wódka, piwo(cerveja) e wino a alegria dos polacos!

Na Zdrowie!

09 setembro 2007

POLACO OU POLONÊS?


Uso dos adjetivos para se referir às coisas e pessoas da Polônia ainda causa polêmica

Rigorosamente trata-se de uma falsa polêmica. Pois tanto os dicionários quanto os lingüistas afirmam que polaco e polonês são adjetivos sinônimos. Acontece que para alguns descendentes a palavra soa pejorativa e até mesmo ofensiva, mas para outros isto é simples preconceito sem importância“É uma questão de uso, as palavras não podem ser descontextualizadas. Elas têm vida e evoluem como as pessoas”, diz o lingüista e professor de Língua e Literatura Portuguesa, Leopoldo Scherner. “Tanto que em Portugal é mais comum usar o termo polaco, tanto para a língua como para a pessoa”.
Para o professor o que existe é um preconceito. “Principalmente no Paraná, o polaco ganhou um tom pejorativo”. Esta também é a opinião do crítico de literatura Wilson Martins. “Tanto uma como outra são legítimas”, diz.

Saga dos Polacos

Mas é o livro Saga dos Polacos, do jornalista Ulisses Iarochinski, que novamente colocou a questão em discussão. “No livro, explico que o mais correto seria polaco ao invés de polonês. Isto porque a tradução de polak,, que designa o habitante da Polônia, é polaco em todas as línguas latinas, com exceção do francês”, explica Ulisses. “Polonês é um galicismo, um afrancesamento que revela diversos preconceitos com os imigrantes polacos, polônicos”.
No livro ele tenta explicar a origem do preconceito, lembrando dos imigrantes que chegaram no final do século dezenove e início do vinte, ao Brasil. “Foi o colono nativo, tão ou mais ignorante que o imigrante, que passou a tratar o polaco de forma ofensiva e pejorativa. E polaco passou a ser uma forma de chamar o imigrante de burro, ignorante, conta.
“Isso se agravou porque as comunidades de polacos viviam afastadas dos centros urbanos, como em Curitiba, e por serem, na maioria, lavradores acabavam convivendo pouco com os outros imigrantes e os nativos. Diz-se que por mais de 30 anos este contato foi pouco freqüente”.
Outro que defende a mesma tese e acha que não há nenhum problema em usar a expressão polaco é o ex Presidente da União Juventus, a maior e mais importante sociedade de polacos de Curitiba, Anísio Oleksy. “Falar polonês é influência da cultura francesa, de uma elite preconceituosa, de uma szlachta (nobreza, em polaco), que achava polaco feio e polonês mais chique, mais bonito, pois vem de polonaise, informa Oleksy. “Não me ofendo que me chamem de polaco, me orgulho

“Não há diferença entre polaco e polonês. Usa-se mais polonês, mas não há motivos para se ofender com polaco”, diz o lingüista Geraldo Mattos, presidente da Academia Internacional de Esperanto. “Não podemos nos prender aos preconceitos”, completa.

Texto extraído da Gazeta do Povo de 07 de maio de 2000 (Carlão Kaspchak)