13 março 2007

Relincha Juvelina! (Causo de Polaco)




Essa história passou-se lá pelos lados de "Contenda", sul do Paraná, perto da Lapa e de Porto Amazonas. Aquela região é famosa pela plantação de batatas e lá pelos anos 50, no começo da imigração dos poloneses ("polacos", como eram ou são chamados até hoje, não sei...), é que vivia a "Juvelina", seu marido "Ludovico" e seus seis ou sete "polaquinhos", uma verdadeira escadinha...

Era uma família muito pobre, porém muito esperta, alegre e feliz!... Todos ali trabalhavam. As três crianças mais velhas: de cinco, seis e sete anos iam para roça ajudar os pais no plantio, nos cuidados e na colheita das batatas. Os menores ficavam cuidando do rancho (casebre feito com as paredes de varas e recobertas com barro para não passar o frio e a cobertura de sapé- capim seco) e fazendo a comida ("bóia", como diziam).

Essa família de "polacos" era muito trabalhadora e a verdade se percebia na hora da colheita das batatas !

Eles eram muito pobres... pobres mesmo!... a terra que eles plantavam não lhes pertencia, era o fundo de uma grande fazenda de gado, na qual o dono permitia que eles plantassem ali a sua roça, pois tinha muita pena deles de tão grande a miséria que passavam, e esse homem, tão generoso, deu uma carroça e uma parelha com um cavalo e uma égua para ajudá-los na roça.

Um certo dia, o cavalo morreu picado por uma cobra e sobrou só a égua e ela era o único bem que eles possuíam, porém já estava meio velha, mas os ajudava muito no serviço, arando a terra para plantar e levando a produção de batatas para vender na cidade, na qual eles colocaram o nome de "Púia".

Naquela colheita, daquele ano, a "Púia" tinha criado uma linda potranquinha, só que ela estava meio fraca e mal agüentava com ela própria, ainda mais com a carroça e a carga de batatas... Ludovico tinha que levar a produção para vender e para isso era necessário atravessar um rio e este estava meio cheio por causa da chuvarada, então a égua não conseguia passar, empacava, atolava, não conseguia sair do lugar pois estava fraca...

Ludovico ficou desesperado... a chuva estava chegando e eles não conseguiam atravessar o tal rio. Foi então que ele teve uma idéia: "pediu para a Juvelina que atravessasse, levando a potranca com ela e dessa maneira a Égua segueria a cria!"... mas, qual nada, a "Púia" continuava "atolada"... e aí baixou o desespero no Ludovico que gritava:

"- Relincha , Juvelina ! Reliiinnnchaaa !...Reliiinnnchaaa !...
Juvelina, reliiinnnnchaaaa !...

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia!
Gostaria de saber como vocês conseguiram este conto, aliás, como conseguiram eu sei, pois postei no Portal do Fazendeiro.
Este conto é de minha autoria, fui criada com meu pai contado esta estória.
Gostaria que ao postá-lo, colocasse o nome do autor.
No Portal do Fazendeiro consta meu nome, meu cadastro para confirmar a legitimidade.
Agradeço

Eduardo Mamcasz disse...

pois deixa de ser anônim@ e até coloque o linqui do portal do fazendeiro de quem? valeu.